Educação para a Terra

Educação para a Terra

A disciplina Educação para a terra tem como um dos seus princípios a aplicação das atividades que propiciam mudanças significativas no cotidiano. Pensando nas possibilidades de alcance e realização dessas atividades, o projeto de Educação para a terra adotou, no 2º semestre de 2020, o objetivo primordial de ativar a rede agroecológica da região metropolitana de BH. 

A transmissão, a troca de saberes e as práticas agroecológicas mais do que ser divulgadas, devem ser realizadas pelas pessoas que habitam, principalmente, as cidades mais urbanizadas.

Os hábitos e costumes “da roça” podem fazer parte do dia a dia das pessoas. Várias delas que passaram algum tempo em cidades pequenas, trouxeram e mantiveram práticas cotidianas de uma vida mais calma, interativa e de contato direto com a terra mesmo vivendo nas grandes cidades. O costume de cultivar diversos tipos de planta em casa, de sentar na calçada para ver a rua e conversar com os vizinhos, de ir a feiras locais e estar próximo de agricultoras/es, de colher frutos nos quintais, de presentear ou trocar quitandas feitas com essas frutas, de fazer mudas de plantas, de fazer ou comprar sabão caseiro, de fazer chás e garrafadas para cuidar do corpo, assim como, de procurar a raizeira ou benzedeira para tratar dos incômodos de corpo e alma. Essas são as diversas práticas que hoje podemos incluir no campo da agroecologia, pois referem-se ao fazer cuidadoso com os recursos humanos e naturais. 

A rede agroecológica da RMBH está se expandindo com muita luta e podemos acessá-la facilmente nas nossas relações e no consumo diário. Os produtos, o contexto da forma de consumo e de produção, e as referências para conhecer projetos e produtoras/es agroecológicas/os locais foram colocados nas atividades de Educação para a terra que fazem referência ao kit agroecológico.

As crianças juntamente com seus familiares vivenciaram de forma real e cotidiana um convite para transformar a realidade do próprio consumo e da lógica de produção. Desta forma, estamos contribuindo e dedicando nossas energias aos saberes tradicionais e às práticas artesanais que tanto devem ser valorizadas e perpetuadas.

Viva a agroecologia, a luta pelo acesso à terra e o verdadeiro alimento!

Angela Guerra

Educação para a Terra -Fases 1 à 4. Formada em Psicologia, pós-graduada em Psicanálise e Direito, pesquisadora e amante da Permacultura, Agroecologia e Agricultura Urbana. Ativista das ocupações urbanas e do acesso amplo e irrestrito aos recursos básicos como a água e o alimento. Professora especialista da disciplina Educação para a terra na escola Casa Viva. Integrante do núcleo de Permacultura do Espaço Comum Luiz Estrela.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *